Este artigo foi adaptado da edição especial da AQ sobre a eleição presidencial de 2024 nos EUA e seu impacto na América Latina | Leer en español | Read in English
OBS.: A LINHA DO TEMPO COBRE EVENTOS ENTRE 2017 E JUNHO DE 2024, QUANDO A EDIÇÃO FOI IMPRESSA.
TRUMP Janeiro de 2017 a Janeiro de 2021
JANEIRO DE 2017
EUA DEIXA A PARCERIA TRANSPACÍFICO (TPP, na sigla em inglês)
Em sua primeira semana no cargo, Trump retira os EUA do acordo comercial com 12 países, incluindo México, Peru e Chile.
JUNHO DE 2017
TRUMP REVERTE A POLÍTICA DE OBAMA PARA CUBA
Os EUA reinstituem algumas restrições comerciais e de viagem que a administração Obama havia flexibilizado. Nas últimas semanas do mandato de Trump, os EUA intensificam as sanções contra Cuba e colocam o país na lista do Departamento de Estado de patrocinadores do terrorismo, que inclui quatro países.
MAIO A OUTUBRO DE 2018
EUA ADOTAM POLÍTICA DE “TOLERÂNCIA ZERO” NA FRONTEIRA
Os EUA instensificam o combate às travessias ilegais da fronteira com uma abordagem de dissuasão. Trump ameaça impôr tarifas sobre todos os produtos mexicanos, e o México concorda em aumentar a fiscalização e detenções em solo mexicano. Os EUA adotam políticas polêmicas, incluindo a separação de famílias.
JUNHO DE 2018
EUA APOIAM RESGATE HISTÓRICO DA ARGENTINA PELO FMI
A Argentina tornou-se o maior devedor do FMI após receber um empréstimo de emergência de US$ 57 bilhões, em um acordo solicitado pelo então presidente Mauricio Macri e apoiado pelos EUA.
NOVEMBRO DE 2018
USMCA É ASSINADO
Após os EUA imporem novas tarifas sobre México e Canadá, as três nações assinam um acordo comercial substituindo o NAFTA. O acordo inclui proteções mais rigorosas para propriedade intelectual, leis trabalhistas e de meio ambiente, além de aumentar os limites mínimos para que carros se qualifiquem como fabricados na América do Norte.
JANEIRO DE 2019
EUA RECONHECEM GUAIDÓ
Os EUA, Canadá, muitos governos da América Latina e alguns da Europa reconhecem Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.
JANEIRO A FEVEREIRO DE 2019
A DISPUTA SOBRE O MURO NA FRONTEIRA CAUSA A PARALISAÇÃO DO GOVERNO DOS EUA, E O PROGRAMA PERMANECER NO MÉXICO ENTRA EM VIGOR
Trump e o Congresso não conseguem aprovar o orçamento após a Casa Branca exigir US$ 5 bilhões para construir um muro na fronteira. O governo fica paralisado por 35 dias, o mais longo período da história dos EUA. Agências federais desaceleram. O programa Permanecer no México entra em vigor, enviando imediatamente dezenas de milhares de migrantes para o México para aguardar audiências nos tribunais dos EUA.
JULHO A SETEMBRO DE 2019
ACORDOS DE “TERCEIRO PAÍS SEGURO” SÃO ASSINADOS
Os EUA assinam acordos com El Salvador, Guatemala e Honduras que exigem que essas nações recebam solicitantes de asilo, que teriam que buscar proteção nesses países primeiro. Os EUA começam a deportar solicitantes de asilo para os países do chamado Triângulo Norte.
SETEMBRO DE 2019
GUATEMALA EXPULSA COMISSAO ANTICORRUPÇÃO
A Casa Branca não protestou contra a a campanha do presidente Jimmy Morales para expulsar a Comissão Contra a Corrupção e a Impunidade na Guatemala (CICIG), que foi financiada em parte pelos EUA, após firmar acordos sobre migração e política internacional.
BIDEN Janeiro de 2021–Presente
JANEIRO DE 2021
EUA ABANDONAM A CONSTRUÇÃO DO MURO
Logo após tomar posse, Biden interrompe a construção de um muro na fronteira sul do país. Em 2023, com a migração aumentando, a administração abre mão das leis federais para permitir a construção do muro na fronteira no Texas.
MAIO DE 2021
EUA COMEÇAM A DOAR VACINAS DA COVID-19 PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE
Entre 2021 e 2024, os EUA doam aproximadamente 75 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19 para 30 países na América Latina e Caribe, embora muitos países tenham reclamado da quantidade e do timing das doações.
JULHO DE 2021
EUA LANÇAM ESTRATÉGIA FOCADA NAS CAUSAS DE MIGRAÇÃO
O país comprometeu-se a investir US$ 4 bilhões em El Salvador, Guatemala e Honduras ao longo de quatro anos para melhorar as condições econômicas e conter a migração do Triângulo do Norte.
ABRIL DE 2022
JUAN ORLANDO HERNÁNDEZ É EXTRADITADO PARA OS EUA
Hernández, ex-presidente de Honduras e aliado dos EUA durante seu mandato de 2014 a 2022, é extraditado sob acusações de tráfico de drogas e armas. Ele foi considerado culpado por um tribunal dos EUA em março de 2024.
JUNHO DE 2022
CÚPULA DAS AMÉRICAS ACONTECE EM LOS ANGELES
Apesar de várias ausências, os EUA e outros 20 países endossam a Declaração de Los Angeles para Migração e Proteção. Biden anuncia a Parceria das Américas para a Prosperidade Econômica, uma iniciativa com 12 países destinada a fortalecer investimentos e crescimento.
OUTUBRO DE 2022
EUA DEFENDEM O RESULTADO DAS ELEIÇÕES NO BRASIL
A administração Biden desempenha um papel importante ao dissuadir o ex-presidente Jair Bolsonaro e parte dos militares brasileiros de tentarem reverter a vitória eleitoral do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
OUTUBRO DE 2023
EUA RETIRAM ALGUMAS SANÇOES DA VENEZUELA
O governo venezuelano e a oposição assinam o Acordo de Barbados para realizar eleições livres e justas em 2024. No dia seguinte, os EUA suspendem a maioria das sanções às indústrias de petróleo e mineração de ouro da Venezuela por um período de seis meses.
JANEIRO DE 2024
EUA APOIAM BERNARDO ARÉVALO NA GUATEMALA
Os EUA tomam decisões diplomáticas possivelmente decisivas para apoiar a transferência de poder quando os oponentes do presidente eleito tentam impedir sua posse.
JUNHO DE 2024
BIDEN ADOTA POSTURA RÍGIDA NA FRONTEIRA
Biden assina ação executiva que deporta solicitantes de asilo, enquanto pelo menos 2.500 pessoas cruzam ilegalmente a fronteira EUA-México por dia, com algumas exceções. A medida vem após contatos entre autoridades e migrantes se aproximarem de 180.000 em abril. Isso representou um declínio considerável em relação a dezembro de 2023, quando ultrapassaram 300.000 e o México concordou em aumentar as detenções de migrantes.
Fotos: Getty Images
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Brown é editor e gerente de produção em AQ.
Sweigart é editora em AQ.
NEW AQ: What the U.S. Election Means for Latin America
In AQ’s new special report, former advisers from the Trump and Biden administrations write on the impact another term for their onetime boss would have on the region.
Nas Américas, o soft power de Biden é importante
Um segundo mandato de Biden continuaria a promover a democracia enquanto aborda pontos críticos como Haiti e Venezuela, escrevem dois ex-funcionários de segurança nacional.
A visão de Trump: “fazer as Américas crescerem novamente”
Um segundo mandato de Trump retomaria crescimento econômico do hemisfério por meio de políticas de nearshoring e outras iniciativas, escreve um ex-assessor.
