Please find the original text below, submitted in Portuguese.
The biggest UN event in history discusses new directions for global development.
From June 13 to 22, the city of Rio de Janeiro transforms into the “Green Capital of the World.” At least that’s what the UN Conference on Sustainable Development—Rio+20—promises as it discusses the environmental issue on the planet.
The event takes place 20 years after the ECO 92: the genesis of an international framework on the subject, which also happened in Rio, and served as a landmark for great discussions as global warming and conservation of green areas. This year, high-level activities begin on June 20; parallel meetings have already gotten underway.
The organizers expect a series of debates to take place between civil society organizations, governments, universities, and the private sector. In an interview with UN Radio, Brazilian Minister of Foreign Affairs Antônio Patriota said, “By the end of the Rio+20 we will have an ambitious document, pointing directions and establishing guidelines for the coming years.” Leaders are expected from 115 countries, making it the largest UN summit in history. Nevertheless, the absences of U.S. President Barack Obama, UK Prime Minister David Cameron, and German Chancellor Angela Merkel are expected.
The opening event was attended by Brazilian President Dilma Rousseff, who stressed that the agenda of the environment should not be implemented only for rich countries but also developing countries. Dilma also defended an economic model that combines “preservation,” “construction” and “growth.”
The meeting participants believe that implementation of a global environmental agenda will be possible to draw at least 1.3 billion people out of poverty through economic inclusion.
For United Nations Environment Program Executive Director Achim Steiner, it is necessary to reconcile “economy and ecology so that they can generate transformational social outcomes,” which, according to him, is already happening. Yesterday, June 14, the participants issued the first report called “Building an Inclusive Economy Green for All.”
Besides the main activities involving heads of state and major international organizations, specific groups held activities such as the Corporate Sustainability Forum, the largest corporate event organized by the United Nations, bringing together 1,200 business leaders and investors in seeking greater participation from the business sector on the environment agenda.
Already the People’s Summit for Social and Environmental Justice, a parallel event, is discussing social issues and carrying the motto “Come reinvent the world.” The participants of this forum are more skeptical of the possibility of real social inclusion through the green economy and question the effectiveness of this agenda.
Young people are also an important part of the activities of the Rio+20 Conference, not only as an object of debate, but also as protagonists. A project of the NGO Viração of São Paulo is bringing together 100 youth across 18 countries for the International Youth News Agency. Together, they will feed their communications networks with videos, photos, audio, and newspaper articles. “Empowering young people is to give you a badge, so that it is equated to a reporter from the mainstream media. They may, as a journalist/communicator, have autonomy to interview the participants of Rio+20, “said Paulo Lima, executive director of Viração to the Correio Nagô portal, which has a representative on the project.
Rio+20 definitely puts Brazil in the spotlight for major international events and will go down in history. As a result, it is expected that the discussions made by the member countries can also influence the most effective measures to control environmental and social inclusion in Brazil, the host country. Yesterday, June 14, Simão Jatene, governor of the Amazon-rich northern Brazilian state of Pará, said that “by 2020, the Amazon will have zero deforestation.” According to him there are now about 33 million hectares of deforested areas of the Amazon rainforest in the state.
Rio+20 is being webcasted in real time. The Brazilian Communications Company (A Empresa Brasileira de Comunicação), public communications system in Brazil, also offers real-time coverage. (Watch UN Secretary-General Ban Ki-moon’s speech.)
Paulo Rogério Nunes is a contributing blogger to AQ Online. Paulo is executive director of the Instituto Mídia Étnica (Ethnic Media Institute) and co-editor of Portal Correio Nagô. Twitter: @PauloRogerio81.
Rio+20 Discute Sustentabilidade do Planeta no Brasil
O maior evento organizado pela ONU na história discute novos rumos para o desenvolvimento global.
Desde o último dia 13, até o dia 22 de junho, a cidade do Rio de Janeiro se transforma na “Capital Verde do Mundo.” Pelo menos é o que promete a Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Desenvolvimento Sustentável—Rio+20—como fica apelidado o encontro que debate a questão ambiental no planeta.
O evento acontece 20 anos depois da ECO 92, um marco internacional sobre o assunto, que também aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, e que serviu como marco para grandes discussões como aquecimento global e conservação de áreas verdes. As atividades oficiais começam no dia 20 de junho, mas os encontros paralelos já começaram na cidade.
A expectativa dos organizadores da conferência é que uma série de debates aconteçam, envolvendo sociedade civil, governos, universidades, e setor corporativo. Segundo o Ministro das Relações Exteriores do Brasil Antônio Patriota em entrevista a Rádio ONU, “Até o fim da Rio+20 teremos um documento ambicioso, apontando direções e estabelecendo orientações para os próximos anos.” São esperados 115 líderes de países, nessa que é a maior conferência das Nações Unidas da história. Apesar disso, são esperadas as ausências do presidente Barack Obama (EUA), David Cameron (Grã-Bretanha) e Angela Merkel (Alemanha).
O evento de abertura contou com a presença da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que ressaltou que a agenda do meio-ambiente não deve ser implementada apenas por países ricos, mas também por países em desenvolvimento. Dilma defendeu ainda um modelo econômico que alie “preservação,” “construção” e “crescimento”.
Os participantes do encontro acreditam que ao implementar a agenda ambiental no âmbito global será possível tirar pelo menos 1,3 bilhão de pessoas da pobreza por meio da inclusão econômica.
Para o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner, é preciso aproximar “economia e ecologia para que possam gerar resultados sociais transformacionais,” o que, segundo o gestor, já está acontecendo. Ontem, o 14 do junho, os participantes divulgaram o primeiro relatório chamado Building an Inclusive Green Economy for All.
Além das atividades principais envolvendo chefes-de-estado e grandes organizações internacionais, grupos específicos realizaram atividades como o Fórum de Sustentabilidade Empresarial—o maior evento corporativo organizado pela ONU, reunindo 1200 líderes empresariais e investidores em busca de maior participação do setor empresarial na agenda ambiental.
Já a Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental, evento paralelo, discute temas sociais e tem como lema “Venha reinventar o mundo.” Os participantes desse fórum são mais céticos na possibilidade de real inclusão social por meio da economia verde e questionam a efetividade dessa agenda.
Os jovens também são parte importante das atividades da Conferência Rio+20 e não apenas como objeto de debate, mas também como protagonistas. Um projeto da ONG Viração de São Paulo está reunindo 100 jovens de 18 países na Agência Internacional Jovem de Notícias. Juntos, eles irão alimentar suas redes de comunicação com vídeos, fotos, áudio, e artigos jornalísticos. “Empoderar os jovens é você dar um crachá, para que ele seja igualado a um repórter da grande mídia. Eles poderão, como um jornalista/comunicador, ter autonomia de entrevistar os participantes da Rio+20,” disse Paulo Lima, diretor executivo da Viração ao portal Correio Nagô, que conta com um representante no projeto.
A Rio+20 coloca em definitivo o Brasil na rota oficial dos mega eventos internacionais e vai entrar para a história. Como consequência, espera-se que as discussões feitas pelos países membros possam influenciar também medidas mais efetivas para o controle ambiental e inclusão social no Brasil, país anfitrião. Ontem, dia 14, Simão Jatene, governador do Pará—estado norte do Brasil, que contém uma grande parte da Floresta Amazônica—afirmou que “até 2020 a Amazônia terá desmatamento zero.” De acordo com o gestor existem hoje cerca de 33 milhões de hectares de áreas desmatadas da Floresta Amazônica no estado.
A Rio+20 está sendo transmitido em tempo real, via sistema webcast. A Empresa Brasileira de Comunicação, sistema público de comunicação brasileiro, também faz cobertura em tempo real. (Assista a chamada para a Conferência feita pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon.)
Paulo Rogério Nunes é um blogueiro que contribui para AQ Online. Paulo é diretor-executivo do Instituto Mídia Étnica e co-editor do Portal Correio Nagô. Twitter: @PauloRogerio81.